O geoprocessamento é o conjunto de técnicas de captação de informações e tratamentos de dados georreferenciados. A transformação desse conteúdo em informações relevantes é realizada por meio de cálculos e softwares, que colocam a tecnologia como fator cada vez mais presente e importante para o estudo.
Explicar o que é geoprocessamento não é uma tarefa fácil, visto que sua base de pesquisa abrange mapas, dados sobre relevo, natureza, rotas comerciais, limites políticos e outras questões. Por isso, é um desafio reunir esses dados, trabalhá-los e gerar informações valiosas.
Se você quer saber mais sobre os conceitos de geoprocessamento, quais são as suas aplicações e como é feito, continue a leitura!
Índice
Como surgiu o geoprocessamento
Os primeiros estudos surgiram na década de 1950, quando estudiosos ingleses e norte-americanos buscavam formas de melhorar a produção e atualização de mapas.
No entanto, apenas em 1970 a informática passou a dar suporte aos conceitos de geoprocessamento e, a partir daí, as evoluções tecnológicas colaboraram para o crescimento desse campo de estudos. Em 1988 aconteceu a fundação da National Centre for Geographical Information and Analysis (NCGIA) nos EUA e o geoprocessamento foi reconhecido como disciplina científica.
Geoprocessamento hoje
Os conceitos de geoprocessamento passaram por diversas evoluções e constantemente surgem novas tecnologias para auxiliar nas atividades de captação de dados, gestão das informações, desenvolvimento de mapas, análise de dados georreferenciados, entre outras técnicas e práticas da disciplina.
Esse crescimento fez com que a disciplina fosse além do campo da Geografia, e hoje o geoprocessamento utiliza diversas áreas do conhecimento, como História, Arquitetura, Biologia e Sistemas de Informação. Isso também deixa clara a importância desses estudos e suas diversas aplicabilidades, uma vez que é usado desde a preparação de solo de grandes plantações, até na avaliação prévia realizada na remediação de áreas degradadas.
Softwares
Os softwares, ou sistemas para computadores, utilizados para realizar o geoprocessamento podem ser divididos em três grandes grupos de acordo com suas finalidades. Os softwares de desenho com camadas que utilizam a geometria vetorial são os chamados CADs. A sigla é para Computer-Aided Design, ou desenho auxiliado por computador em português, e essas ferramentas são muito disseminadas e usadas em diversas disciplinas.
Separamos alguns softwares chamados CADs:
- AutoCAD;
- IntelliCAD;
- QCAD;
- BricsCAD;
- DataCAD.
Já a geração, manipulação e a análise de dados georreferenciados é realizada por softwares chamados SIGs, entre eles está o Spring, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Com ele é possível realizar o processamento de imagens, modelagem numérica de terreno (MNT), consulta a bancos de dados espaciais, análise espacial, entre outras funções.
Ainda existe o grupo chamado Desktop Mapping ou Computer Maping que realiza a manipulação de dados alfanuméricos e mapas vetoriais, à exemplo dos softwares MapInfo e MapWindow.
Apesar da tecnologia dar eficiência aos processos, é importante realizar trabalhos de coletas, análises e execução com profissionais capacitados.